sexta-feira, 18 de março de 2011

Vestidos em Santos


Nash 1956

Seu Bentinho Arruda e sua esposa Dona Donneire (não era francesa, só o nome), mas para os íntimos Dona Donaria que eram nossos vizinhos e também amigos da família.


Todas as vezes que nascia um bebe lá em casa era na casa deles que nos ficávamos até a cegonha, digo a parteira ir embora. Quantas noites amanhecemos lá, pois como é sabido os bebes não tem hora certa para chegar.



Como o tempo passa muito rápido e as crianças já estavam grandinhas os amigos resolveram fazer um a viagem até Santos SP para conhecerem o mar, até porque nenhum deles tinham tido esse prazer.



Depois da reunião feita em casa, decidiram que iriam no carro de praça do Senhor Jarbas o único da cidade de Votorantim. Chegou o dia marcado todos estavam prontos e ansiosos para a grande aventura.

Mamãe como era uma mulher prevenida levou uma cesta cheia de guloseimas, e Dona Donaria não foi diferente pois era uma quituteira de mão cheia. Além dos dois casais a minha Irma Inês foi também, alias em quase todos os lugares mamãe a levava como acompanhante (acho que este e o motivo dela gostar tanto de viajar, já perdi a conta de quantos países ela conhece).


Chegando a antiga estrada do mar ficaram deslumbrados com as belezas naturais e logo mais a frente da janela do automóvel enxergaram mar com aquele verde azulado e suas ondas enormes vindo quebrar na praia com suas águas mornas.






Pena que não puderam desfrutar de todo esse paraíso porque ninguém levou maiô. Nessa época, Santos estava no auge, recebia turistas do mundo inteiro pelas belezas de suas praias e o glamour dos cassinos e hotéis cinco estrelas.






Não tenho idéia de quanto custou essa viagem, mas acredito que valeu cada tostão (como diziam os antigos), regressaram para casa todos alegres e felizes pelo lindo passeio, só a Inês que estava meio apreensiva ao contar que uma onda correu atrás dela até o calçadão..... pensem bem até onde foi a minha imaginação.


Só fui conhecer o mar quando eu tinha 13 anos e me apaixonei por ele. Quanto aos “amigos turistas” fizeram muitas viagens juntos, mas sempre por perto e era o meu pai que dirigia o seu famoso carrão.



Ao escrever esta crônica me deu uma saudade imensa dos amigos tão queridos que como meus pais não se encontram mais aqui, mas estas Doces lembranças ficarão comigo para sempre.


*Fotos internet

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