terça-feira, 25 de maio de 2010

Para minha mãe Natalina e todas as mães do mundo



Hoje é o dia de homenagear as mães, para mim todos os dias são, pois sem elas não somos nada neste vida!

Primeiro vem o momento da concepção, são elas que nos geram, nos seguram por nove meses entusiasmadas, cheias de amor, graça, ternura, gerando e mantendo as nossas vidas, na verdade somos muito mais elas do que nós mesmos, porque nos nutrimos através da sua boca, vivemos através da sua vida e dançamos através das batidas do seu coração enquanto aguardamos nossa estréia no mundo real.

Que vontade dá de ficar lá dentro da barriga cheia de água da mamãe, lá estamos seguros, não temos que fazer lição de casa, nem mesmo tomar banho, pentear os cabelos, ter o emprego que as pessoas acham que voce deve ter, pagar contas, se preocupar com o que vai comer para não engordar e o melhor de tudo, sempre te acham lindo ou linda através daquelas fotos tiradas no ultrassom quando ainda estamos todos enrrugados e pulando corda nos nossos cordöes umbilicais.

Por outro lado, se não saissemos nunca de lá, não iriamos sentir aquele beijo gostoso, abraço quente das nossas mães e eu falo pela minha querida Natalina, este presente que Deus mandou para mim, nem sei se sou merecedora de tanto amor e carinho.
Com ela compartilho o bom e o melhor de mim sempre, se mais nada nesta vida for o suficiente bom, te-la em minha vida BASTA!

O amor é tão grande que se torna raro hoje em dia, só conheço mais uma pessoa que ama tanto a mãe dela como eu a minha, a Monikete minha amiga querida.

Acho que não somos pessoas raras, mas sim merecedoras por saber a importancia de amar e respeitar nossas mães, afinal se não sabemos honrar e respeitar os nossos, com os de fora ficará impossível.

Mãe querida, estou neste momento longe de ti fisicamente...na verdade estou em uma lan house aqui em SC escrevendo este texto para ti...tentando pois pelo azar peguei um teclado horrível e está um pouco difícil...hahahahah.... Mas eu te amo imensamente e fico muito orgulhosa de saber que voce esteve na TV ontem sendo entrevistada e podendo mostrar as pessoas porque tenho um caratér tão grande que vem de ti.
TE AMOOOOOOOOOOO MUITOOOOOOOOOOOOO, e logo estou aí para tomarmos nossa cervejinha ou um vinho frisante com seus paezinhos artesanais e comemorarmos todos os dias que temos vivido juntas.
Com amor, da sua filha que bebeu naldecon quando criança.....hahahahahaha
Mare

sexta-feira, 21 de maio de 2010

VITRO S/A

Alguns dias atrás eu estava folheando uma coletânea da Revista Seleções, de 2005, e, num artigo com o título “Economize Fácil”, eu me deparei com uma fórmula sobre como fazer carimbos com batatas. Nunca imaginei que um cara dos EUA estaria ensinando uma “novidade” que o Billy já fizera na Light há 40 anos! Isso aconteceu na “VITRO” (uma sigla da conjunção dos sobrenomes VIveiros + CasTRO), para quem nunca ouviu falar, um atelier de artes e desenhos para estampar, de propriedade dos meus irmãos Wande, Paulo e João, aos quais se juntou o Billy, algum tempo depois. Essa espécie de mini estamparia ficava em uma sala de 1m50 x 2m e 1m80 de altura, encravada sobre o paredão que havia no fundo do quintal de nossa casa. Era algo meio medieval, totalmente artesanal... Ali, os sócios passavam as tardes ouvindo música, trocando ideias sobre o andamento da firma, fazendo desenhos e matrizes para as pinturas que seriam estampadas em camisetas e outras peças de roupa. Neste meio tempo, mamãe preparava o café da tarde, ora com bolo de fubá, ou bolinho de chuva, ou até pão feito em casa com manteiga. Nas tardes quentes, não faltava uma deliciosa limonada! Nós, da família Castro, morávamos no Balanço e toda tarde juntava-se a nós, subindo lá do Acampamento, aquele garoto simpático, de cabelos claros, lisos, caídos na testa, com sua pasta embaixo do braço. Não sei exatamente do que falávamos, mas aqueles momentos foram de grande felicidade para todos nós, pois, ali, ninguém estava preocupado com o futuro; vivíamos intensamente cada dia como se fosse o último em nossas vidas. Lembro, como se fosse hoje, da saia que o Wande pintou para eu pular Carnaval. Eu tinha uns 18 anos e fui toda charmosa com minha roupa estilo hawaiana. Os meninos chegaram a ganhar algum dinheirinho comprando e estampando camisetas e as vendendo em lojas de Sorocaba. Havia estampas com dizeres em alemão, com o rosto de Jesus, com frases de efeito da época e com uma série de outras imagens. Recentemente fiquei sabendo que derrubaram a nossa casa lá na Light. Confesso que me deu um aperto no peito saber que, o lugar onde nascemos e crescemos, já não existe mais. O que me conforta, contudo, é saber que nas nossas recordações ninguém pode tocar e que a Vitro, de algum modo, continua lá, impossível arrancá-la daquele paredão tão forte e que nossos sonhos ainda estão guardados para sempre...


O Bote do Vandão


Sétimo filho do casal José e Maria, José Wanderley, mais conhecido como "Wande", nasceu na vila da Light em 15 de setembro de 1951. Criado de maneira livre e solta, Wande junto com seus irmãos, Paulo e João, formavam um trio de travessuras e nossa mãe nem imaginava o que eles aprontavam. Certa vez, João atirou uma bolinha de gude no paredão e a mesma voltou com tanta força acertando o vidro traseiro do carro do meu pai, um Ford 29 com capota de lona que era o xodó dele, quase morreu de desgosto! Dos três, o Paulo era o mais quieto, mas o mais levado. Um dia resolveu descer a rampa do balanço com uma bicicleta pequena que ele e o Wandão reformaram. Resultado da aventura: um pequeno acidente com esfoliações pelo corpo inteiro até o rosto, quem socorreu foi o saudoso Sr. Orlando que cuidou de todos os machucados.

O Wande deu mais trabalho quando nasceu, pois não aceitava nenhum tipo de leite e, como o materno era pouco, mamãe foi tentando com outros até que chegou ao "Leite Moça", o qual ele tomava tudo e ainda pedia mais. Era comum meu pai comprar 40 latas de leite por mês e era uma festa, pois, além de tomarem o leite, usavam as latas para brincar no corredor da casa jogando uma atrás da outra, sem contar os irmãos mais velhos que tomavam o leite na madrugada.

E por tudo isso, mamãe, fez a promessa de mandar uma foto dele para a Aparecida do Norte, com a mamadeira na mão, caso ele aceitasse o leite. Porém o tempo passou e quando foram tirar a foto o Wande já estava grande. A solução, então, foi embrulhar a mamadeira; assim ninguém iria ver. Mas o que merece mesmo destaque é a criatividade do meu irmão Wande, como ele tinha idéias incríveis e, mais do que isso, como as colocava em prática. Uma vez ele desmontou um banco que tinha em casa e fez um carrinho de rolimã; tinha quase 2 metros de comprimento, breque e volante. Lotava o mesmo de crianças e descia a malvada rampa do balanço, para sorte delas, saiam sãs e salvas!

Bem, mas vamos ao famoso bote que parou a vila da light no dia de seu "batismo" ou lançamento às águas. Segundo o Wandão, ele estava fazendo uma caminhada no mato "para lá dos canos" - e quem morou na Light sabe exatamente onde fica esse lugar - quando viu uma enorme árvore caída por uma tempestade de ventos dias antes. Voltou para casa pegou um serrote do meu pai e começou serrar primeiro a raiz, depois a copa, não foi fácil, pois o tronco era enorme e foram longos meses de solidão, já que seria uma surpresa para os amigos.

Passado mais algum tempo, chegou o grande dia de colocar o bote na água. Tinha mais de 30 crianças para retirar o bote do mato: enfrentaram barrocas e subidas por causa do terreno acidentado e pouco espaço entre o paredão e os blocos de cimento que segurava os canos. Este dia parou a vila! Na primeira tentativa o bote virou, mas isso não foi problema já que foi retirado da água e Wande arrumou ali mesmo. Muitos laitenses andaram neste bote, quase virou um ponto turístico com tantas visitas e, o mais incrível, como o tempo passou e as pessoas não se esqueceram dele, cada vez que encontro alguém da light vem sempre o assunto: O bote do Wandão!

domingo, 9 de maio de 2010

Para minha mãe Maria com todo meu amor


Á Querida mamãe

O Dia das Mães era importante para todos nós, até porque nossa mãe sempre foi mais que especial, pois sempre estava atenta a nossas vidas, cuidando de nossas roupas, alimentação e educação. Meus irmãos mais velhos tinham idades muito próximas uns dos outros. O Toninho e a Nair não tinham nem um ano de diferença. Mamãe amamentava o Toninho e ficou grávida da Nair e ficou sabendo quando já estava no quarto mês de gestação. Naquela época a Igreja Católica não permitia que se usasse qualquer método para evitar filhos (Meu pai teve um irmão que teve 16 filhos, todos vivos e saudáveis, chegaram a passar necessidade, pois o pai era lavrador e ganhava muito pouco para o sustento de todos).
Mamãe estava exausta de cuidar da casa e de mais 3 crianças pequenas e as condições financeiras, estavam cada dia mais difíceis. Como era uma mulher de muita fé fez um pedido para Deus para ele dar uma trégua para ela, e que depois, ela receberia de bom grado quantos filhos Ele Mandasse. Acreditem Deus é Fiel, Pois ela ficou 7 anos sem engravidas, mesmo não evitando e saudável como ela era, um verdadeiro milagre de Deus.
Passado 7 anos, começou a nova prole: Inês,Natalina,Isabel,Vanderlei,Paulo,João e Maria do Rosário, a caçula que nasceu morta, o único parto em hospital, a qual nós não chegamos a conhecer.
Dia das mães chegando, então resolvemos unir nossas forças para comprar o presente. Cada um de nós 6, juntamos as nossas parcas moedas e no final deu 12, não lembro que moeda era na época. A Inês como irmã mais velha se encarregou para que fosse comprado o presente, ela entregou o dinheiro para a Dora, filha de Seu Oraci Correia que fazia magistério em Sorocaba. Até hoje não sei se o dinheiro foi suficiente, mas ela comprou uma linda caneca de porcelana escrita em ouro: PARA QUERIDA MAMÃE,
Ao abrir o presente minha mãe não conteve as lágrimas e nos encheu de beijos. Essa caneca ficou por muito tempo no bufe da sala da nossa casa como enfeite. Nunca foi usada para que não quebrasse e com muitas saudades que estou fazendo esta narração para homenagear a nossa querida mamãe que nos deixou com muita saudade. Mamãe adorava ganhar presentes.