* * Foto internet
Toda vez que morria alguém n a Light era de costume rezar nove dias pela alma do falecido.
Para nós crianças, não deixava de ser um ato social, pois por nove dias tinhamos um compromisso e como diziam as pessoas mais antigas: a novena não poderia ser quebrada.
Como sempre eu e a Inês eramos as primeiras a chegar no evento e lembro que tinha um pequeno altar no fundo da sala com um pano preto pregado na parede e no meio uma cruz amarela.
No altar uma imagem do santo de devoção da família e duas velas acesas, mas o que chamava mais atenção era o licor com as bolachas que serviam depois da reza.
Numa dessas rezas eu e a Inês estavamos ajoelhadas bem atrás do puxador de terço, o Seu Abilinho que era um homem bom e muito simples e na hora da ladainha ele falava tudo errado, o ora pro nobis saia esquisito, nós sabiamos disso pois não perdiamos nenhuma novena que ele fazia.
Mas não é que neste dia deu um ataque de risos em nós duas e até que tentamos segurar mas não deu.
Então fomos convidadas educadamente pelos donos da casa para nos retirarmos.
Infelizmente a novena se quebrou e nós ficamos sem o delicioso licor!
(Até hoje nunca consegui terminar uma novena)
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