domingo, 26 de setembro de 2010
Visitas da Cegonha
Todas as vezes que nascia um bebê em casa, meu pai ia buscar minha avô materna para cuidar da nossa mãe Naquele tempo havia um grande preparativo antes do bebê nascer.Tinha que criar os frango s uns meses antes porque depois do parto a alimentação de minha mãe era de caldo de frango engrossado com farinha de milho, e cerveja preta para aumentar o leite.
Outra coisa importante era ficar de repouso absoluto(costumes dos antepassados) e eu posso afirmar que tudo isso era sabedoria dos mais antigos ,mamãe tinha uma saúde de ferro E nós crianças como não entedíamos bem as coisas ficávamos ao lado da cama perguntando toda hora quando que ela ia se levantar.Imagino a canseira que devia ser nos aturar por uma semana.Mas quando levantava parecia uma fenix ressurgindo das cinzas ,linda e forte para enfrentar a vida .
A chegada da vovó Ana era uma festa para nós, além de nós gostarmos muito dela, ela trazia a nossa prima Eucréia, que ela adotou desde os três meses de Idade devido a perda de sua mãe.Ela era uma menina linda , cabelos loiros de cachos, olhos azuis, sabia cantar e era muito simpática, só que também era muito levada .Enquanto vovó se ocupava com os afazeres domésticos, ela saia de fininho e ia se deliciar nos lugares lindos da vila em que nascemos e passamos a nossa infância e adolescência .Ela adorava escalar a montanha e ficar tomando sol a beira do cachoeirão que tem uma queda de 40 metros, uma verdadeira obra de Deus feita pela natureza.Mais tarde descia e dava um belo mergulho nas águas cristalina da cachoeira, depois de muito tempo é que ela voltava para casa para almoçar . Quando chegava vovó estava desesperada. Até lhe dava uns puxões de orelhas, mas no dia seguinte era tudo a mesma coisa.
Hoje eu entendo o que minha prima sentia para ela era como se fosse umas férias e tinha que aproveitar o máximo daquele vale encantado. E assim foi, a cegonha nos visitou mais cinco vezes e nossa querida vovó e a lindinha prima não faltaram .Ia me esquecendo: Toda vez que a vovó vinha tínhamos que comprar um cachimbo novo porque ela fumava fumo de corda e ela não costumava trazer o dela. Nós adorávamos ficar a sua volta vendo aquela fumaça subindo e ouvindo as suas histórias. Bons tempos aqueles em que as pessoas se preocupavam mais com o seu próximo.
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PREZADA SENHORA.
ResponderExcluirSOU MUITO AMIGO DA EUCREÍA E SEMPRE ESTOU EM COMPANHIA DELA E DO MARIDO CILSO.
SOU TESTEMUNHA DE COMO ELA FICOU FELIZ AO ENCONTRAR CITAÇÃO DELA EM SEU TEXTO.
PARABÉNS POR SEU BLOG.
GRANDE ABRAÇO.
JORGE FACURY - ESCRITOR.
Olá!
ResponderExcluirSr. Jorge Facury, não precisa agradecer. Assim como você, nós também amamos esse casal.
abraço
Natalina