terça-feira, 15 de novembro de 2011
Mais de 19 mil acessos... MUITO OBRIGADA
Quero agradecer a todos que contribuíram para que meu blog chegasse a mais de 19 mil acessos. São pessoas de todo mundo que me prestigiam e me incentivam a escrever cada vez mais.
A partir de agora coloquei a opção de SEGUIDORES e convido você a fazer parte.
Abraços a todos
Natalina de Castro
Minissérie Nunca Desista dos seus sonhos - Capítulos 32, 33, 34, 35 e 36
Mr. Smith faz uma pausa e comenta em inglês com o Pagan. "Vamos descer e descansar um pouco perto daquele poço, junto ao cercado". Havia umas vacas pastando por ali e um cavalo selado, provavelmente, a montaria com que Mr. Smith chegara ao Vale Encantado. O Sol quase se punha atrás de um casarão à direita dos dois homens, tingindo o céu em suaves e diferentes matizes . Mr. Smith se sentou na mureta do poço e comentou com alguma intimidade: "Alberto, pensando bem, um megafone viria bem à calhar, heim?! Você não precisaria ficar berrando, forçando tanto a voz, lá em cima da plataforma. Será que Mr. Zé de Castro não improvisaria um pra gente? Não é ele quem fabrica facas, canivetes com molas e cabos de chifre e as rodas da carroça que recolhe o lixo da Vila? Ouvi dizer que ele é muito criativo". E sem dar chance do Alberto responder, o gringo emendou outra frase: "Alberto, vou te contar um segredo. Esta aprendi em meus anos de universidade lá nos States. Sabia que para uma roda de madeira ficar bem ajustada, na medida certa, só pondo o aro de ferro quando ele ainda estiver quente e, em seguida, jogar água fria". Alberto Pagan, que à certa distância e com aquelas cores da tarde caindo, por uma curiosa ilusão de ótica, parecia ter cabelos. Ele ouvia tudo em silêncio, com um leve sorriso no canto da boca. Mr. Smith não parava: "E por falar em ferreiro, Pagan, saiba que John Wilkinson é considerado o 'Mestre dos Ferreiros'. Foi ele que em 1787 ele construiu o primeiro barco de ferro. Essa profissão é antiguíssima e depois dos barcos, logo vieram as pontes sabia?".
Alberto, enquanto o megafone não fica pronto, vamos dar uma olhada no Trole. Seu estado atual é deplorável... A pintura está toda desbotada, os bancos rachados...Foram vistos jogados junto ao muro da Pensão do Balanço! O Trole precisa de uma restauração completa e urgente! Reúna os funcionários que forem necessários para essa tarefa: carpinteiros, marceneiros, ferreiros, enfim...Todos e tantos quanto forem necessários! Hummm, vejo aqui em minhas anotações que aquele garoto, o “Odécio da D. Lica”, tem uma empresa de pintura que pinta até avião...Então, ele que fique com os retoques finais e deixe o trole lindo e em perfeitas condições de uso. Por favor, Alberto, me ajude a passar essas ordens para frente e a tomar essas providências!”
Terminado o breve período de descanso junto ao poço, Mr. Smith e Alberto Pagan, retornaram à plataforma com o objetivo de continuar orientando à multidão. Mr. Smith olhou para suas anotações e pareceu estar um tanto em dúvida sobre como prosseguir. "Pagan, eu estou pesando em começar a chamar os portugueses que chegaram até aqui!". Tendo ouvido isso Pagan fez o seguinte comentário: "Boa idéia, Mr. Smith. De fato, alguns portugueses foram trabalharam em nossa Usina e moraram aqui com suas famílias sim. Lembro-me de que a família Castro tinha um casal de portugueses como vizinhos: Sr. Bernardo e Sra. Olinda, não me lembro agora do sobrenome deles. Ele era um tanto carrancudo, mas, um bom sujeito. E D. Olinda uma esposa zelosa, uma senhora muito boa e religiosa. Ela ensinava catecismo em sua casa, para a garotada da Vila, e até distribuía medalhinhas de santos. Só que tinha um gênio muito forte!". "Forte?!", indagou o estrangeiro. "Como assim, forte?". Mr. Smith teve dificuldade em entender e o Alberto Pagan foi obrigado a entrar em mais detalhes. "Bem, Mr. Smith, para o senhor entender melhor a que me refiro, uma ocasião, os Castros tinham acabado de ganhar uma filha, à qual deram o nome de Inês e sua irmã mais velha, Nairzinha, na verdade uma criança com pouco mais de sete anos, quis ajudar a mãe lavando as roupas da recém-nascida. Como o sr. já deve ter visto nas plantas da engenharia alguns tanques e banheiros aqui na Vila eram coletivos nas primeiras décadas. E quando a pequena Nair foi estender as roupas de sua irmãzinha 'avançou' um pouquinho para o lado da D. Olinda, que não gostou nem um pouco daquilo e deu uma tremenda bronca na menina". Mr. Smith ouvia atentamente e a esta altura arriscou um: "Ah é?!". "Sim, Mr. Smith...", respondeu o Pagan "Dona Maria, a mãe, ouvindo o choro da filha veio ver o que estava acontecendo e quando viu sua vizinha portuguesa dando um corretivo em sua pequena não pensou duas vezes: pegou um cabo de vassoura e enfrentou a fera que logo bateu em retirada". A esta altura Mr. Smith e Pagan, riam gostosamente com o fato lembrado pelo Pagan que ainda comentou: "Sei disso porque num lugar pequeno, como nossa Vila, essas coisas espalham como fogo em capim seco e logo estava todo mundo sabendo do susto que a D. Olinda levara!"
Ah, Dr. Smith, ainda sobre os portugueses, esqueci de contar que Toninho de Castro, outro filho do Zé Ferreiro, certa vez ganhou uma pomba e a mesma subiu no telhado do Sr. Bernardo e não queria mais sair de lá. Bem, o menino foi atrás dela pisando nas telhas do vizinho que foram se quebrando e caindo na cabeça do pobre homem. No final, como diz o ditado: 'Dentre mortos e feridos salvaram-se todos!' Apesar dessas pequenas confusões, até onde sei, Mr. Smith, mesmo depois de terem se mudado, D. Olinda sempre visitava os 'encrenqueiros', quer dizer, 'os Castros' e essa amizade foi para a vida inteira.
"Bem Alberto, vamos continuar?". "Sim, Mr. Smith!". Mr. Smith posicionou-se outra vez um pouco mais perto do parapeito da plataforma para dar continuidade àquele incrível discurso que comunicava a todos a realização de uma restauração de locais e uma reconstrução de vidas, algo que já parecia impossível, mesmo aos mais crédulos. Era um sonho há muito acalentado por todos tornando-se realidade. E Alberto Pagan empertigou-se ao lado daquele homem estranho e igualmente fascinante. E suas palavras vieram: "A Cachoeira está linda! Com esse sol escaldante é impossível ficar sem dar um mergulho, ainda mais que hoje foram instalados novos trampolins. Pelo que já me disseram, a fila está enorme para ver quem dá o salto mais bonito. O primeiro da fila é o 'Miro', filho do lendário Zé Caetano (aquele senhor que dava uns cochilos no banquinho da Venda, pai da Maria, aquela menina fofinha com cabelos longos e marido da Dona Dita). Pensam que não sei dessas coisas?", brincou Mr. Smith. E continuou: "Nossa, na fila do trampolim tem muita gente! Vou citar alguns nomes: Tidão, Rato, Renato, Baetaca, Wandão, Pirata, João Abimael, Abimares, Torda, Jucão, Canário, Ismael, Ledo, Zé do Paco, Davi, Zé Dudu, Décio e Paulinho Piruá, seu irmão adotivo. Mr. Smith não se contêm e comenta baixinho com seu tradutor. "Weird nicknames they use to have here, right Pagan?"(Mas, que apelidos esquisitos eles costuma ter por aqui, né Pagan?". E a multidão só pode ver os sorrisos nos lábios de ambos, mas, sem saber de que se tratava... !
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Minissérie Nunca Desista dos seus sonhos - Capítulos 27, 28, 29, 30 e 31
De fato, alguém consegue localizar o Sr. Alberto Pagan em meio à multidão, em algum canto do Vale Encantado. Ele é consultado e visto se dirigindo a passos largos à plataforma aonde estava Mr. Smith, na companhia daquele outro senhor desconhecido que fora atrás dele que à distância pareceu ser o Sr. Lázaro Ramos, conhecido de todos como "Lelé". Este homem, apesar de seu jeito esquisito e cheio de tiques e maneirismos talvez não desse conta da enorme ajuda que estava prestando a todos com sua iniciativa...Àquele mover naquele dia tão especial! Ao pé da plataforma Seu Alberto deixa Lelé para trás e sobe os degraus para perto de Mr. Smith que, a esta altura, tomava água fresca da bica numa caneca de ágate verde que a Ana do "Bico Duro" lhe trouxera. Algumas palavras entre ambos e Mr. Smith é visto sorrindo para Alberto Pagan e acenando com a cabeça como que dizendo que "sim". Então, ambos se aproximam do beiral da plataforma e se preparam para voltar a se dirigir à multidão, que observa a tudo muito atenta...
Mr. Smith, desta vez, fala em inglês. Diz uma frase curta, seguida de uma pausa e um olhar para o Pagan que reproduziu fielmente o que o estrangeiro dissera em sua língua natal. A mensagem era a seguinte: "Senhor Benedito Maria, o senhor pode voltar a tomar posse de sua casinha, em cima do barranco, e não precisa mais sair da Vila todas as tardes, com seu instrumento, para louvar a Deus. De agora em diante o senhor poderá fazê-lo daqui mesmo, assim como todos os demais evangelistas. Quanto aos padres Luiz e Aldo Vannucchi, poderão rezar suas missas todas segundas-feiras, como antigamente. Os cultos evangélicos ficarão a cargo dos pastores Tiago e Maurício. E aproveito para informar que iremos construir um templo ecumênico em frente à casa da Landa..."
E os discursos e orientações a todos continuavam vindo, primeiro, da boca de Mr. Smith e, depois, da do Alberto Pagan. Um garoto sobe a escada depressa - à distância parecia ser o "Ilha" (William) do Gonçalino - entrega um papel na mão do S. Alberto e desce as escadas na mesma velocidade com que subira. Alguém havia enviado algum recado à dupla sobre o palanque. S. Alberto lê o bilhete em silêncio, cochicha algo no ouvido de Mr. Smith que sorri e aponta com uma das mãos para a frente como que dizendo: "Vá Alberto, leia isso para eles!". E ele diz: "Meus amigos, falando na Landa, este recado que acabamos de receber diz que os preparativos para os festejos vão de vento em popa. As encomendas são tantas que ela até pediu ajuda das vizinhas 'Nair do Dito' que está fazendo as barras, à mão, e da 'Nair do Saide' que é quem está chuleando as roupas. Para vocês terem idéia da quantidade do trabalho, aqui diz que só a Dira encomendou três trajes à Landa: um para o culto da manhã, outro para a reinauguração do campo, à tarde, e, o terceiro, para o grande baile à noite!". Sempre mulherengo e divertido S. Alberto não perde a chance de um comentário do tipo "Hummmm... Tomara que esse vestido de baile seja um longo bem justo que vai deixar seu corpo ainda mais bonito!". Alguns assovios tipo "fiu, fiu" foram ouvidos ao fundo e seu Alberto com um sorrisinho maroto por baixo de seu bigode sempre bem aparado continuou. "A oficina de costura deve continuar virando noites. Mas, a minha vizinha, D. Elvira, com certeza vai manter as meninas bem acordadas com seus deliciosos cafesinhos. Neste ponto uma lufada de vento fez o chapeu de palha do S. Alberto Pagan sair voando de sua cabeça e depois ir rodopiando pelo tablado, expondo sua vasta careca. Seu Alberto perde a compostura sai rodopíando atrás do seu chapéu no melhor estilo "cercando frango"! Ouve-se uma gargalhada geral, inclusive de Mr. Smith que já estava vermelho de sol e agora fica roxo de tanto rir! Aproveitando-se dessa pausa involuntária as irmãs Pagan (Zita e Daisy), Dora Corrêa e Didi gritam para o palco que elas não irão sobrecarregar a Landa pois decidiram usar seus próprios vestidos de formatura. Com certeza todas as outras moças da Vila também estarão muito elegantes...
A reforma da Sede está sendo concluída e ela está ficando linda!", diz Mr. Smith, sempre traduzido pelo calvo, Pagan, que desistiu de vez de tentar manter seu chapéu de palha fincado na cabeça. Ao final deste anúncio um "Oh!", de surpresa e alegria ecoa na multidão que, em seguida, começa a aplaudir entusiasticamente! Mr. Smith e seu fiel escudeiro se entreolham e sorriem. Eles também começam a aplaudir a multidão. Depois de uns poucos minutos, quando as palmas cessam, neste que fora um dos momentos mais emocionantes da fala de Mr. Smith, a dupla anuncia que o "Baile da Reinauguração" está sob a responsabilidade do S. Orlando Camargo que já está, com uma belíssima orquestra contratada para abrilhantar o tão esperado baile. Mais palmas e até alguns assovios brotam novamente do público - afinal, a Sede, sempre foi para todos os presentes sinônimo de "ponto de encontro" e "confraternização" naquele lugar tão especial!
As boas notícias não paravam de ser anunciadas: "Temos o prazer de sugerir
aos pais que levem seus filhos até a nossa linda Cachoeira, que foi limpa e está com novas plantas aquáticas em seu entorno. Os escadões já estão prontos e o acesso ao Cachoeirão todinho restaurado para quem quiser ir até lá nadar, pescar ou brincar sob a queda d´àgua. Como, a esta hora, todos já devem estar com fome saibam que logo mais será servido um lanche com sucos naturais à todos vocês. Dona Ana, Inês Rocha, Inês de Castro, Flora Mara e Marina Ataíde estão preparando a degustação. Fiquem à vontade nos quiosques ou às sombras da velha ingazeira. Vou mandar servir um lanche com muitas frutas como jambos, bananas, coquinho, mangas e goiabas. O cardápio dos pratos principais será à base de peixes fritos da região: tilápias, traíras, bagres, lambaris, saicangas. Carne assada de capivara, tatus e rãs também serão servidas. As bebidas serão: caldo de cana e limonada feita com limões dos quintais das casas de vocês, açúcar cristal e água da bica geladinha. Para finalizar nossas sobremesas serão: doces de abóbora, batata, cocada e a famosa paçoquinha, fornecidos pela Venda. Puxa, mas isto aqui está parecendo o Paraíso!”
....Continua
domingo, 6 de novembro de 2011
Minissérie Nunca desista dos seus sonhos - Capítulos 21, 22, 23, 24, 25 e 26
“Para os serviços gerais, o Sr. Abílio Domingues limpará ao redor da Cachoeira e as ruas. Vou mandar mais homens para ajudá-lo nisso. O Sr. Raul Rosa fará uma escada nova para o Cachoeirão e a reforma das balanças do Parquinho também”.
Neste momento, o misterioso estrangeiro, ao qual chamaremos “Mister Smith”, começou a chamar os trabalhadores da Casa de Força - que, do alto da imponência de suas instalações, assistiu a tudo “de camarote” nos últimos cem anos - vendo por ali passar: cariocas, paulistas, pernambucanos, brasileiros de quase todos os Estados e estrangeiros do mundo todo, muitos dos quais, moraram na Vila e trouxeram consigo suas experiências de vida.
A chamada foi por Setores. Do Quadro de Operações ouvia-se Mr. Smith convocando, com seu sotaque gringo: “Moacyr de Castro, Orlando Camargo, Oracy Corrêa, Delmo Perazzio, Donaldes Alquezar, Benedito Ferreira, Benedito Santos, Osvaldo Pereira, Francisco Santos – que vocês chamam de 'Pacão' - Salvador Mariano, José dos Santos - que vocês chamam 'Lorota' - Puxa, mas cada apelidou engraçadou vozeis aranjam, por aqui, hã?. E ainda há outros que poderão ser convocados numa próxima chamada, ok?”.
“Para a Seção Elétrica convoco imediatamente os profissionais: José Saydel, Xisto Pedroso, Argemiro Xavier, Bento Caldeira, Agostinho, Jovane, ‘Espanha’, Daniel, Wilson, Jaime dos Santos. Outros, por favor, ficam de stand by (prontidão), está bem?". E assim prosseguia Mr. Smith convocando profissionais e mais profissionais da Usina de Itupararanga!
E Mr. Smith, não parava de convocar um exército de Filhos da Light para os seus planos secretos sobre o Vale Encantado. Do alto daquele estrado, onde se encontrava, sua voz determinava: "Na estatística e outros controles, apresentem-se imediatamente: Bento Carlos Arruda, Francisco Pareja Galves. O demais que trabalharam nesse departamento também fiquem de prontidão. Serão chamados em próxima oportunidade”.
Talvez por falta de costume com o Sol dos trópicos, neste instante, Mr. Smith começa a dar sinais de cansaço. O suor escorre-lhe pela fronte e ele desamarra o lenço que lhe servia de gravata num curioso laço e começa a enxugar a cabeça. Uma das meninas do Zé Ferreiro, a Natalina, sempre muito sensível e atenta, acompanha tudo junto a uma multidão - todos, muito próximos do palanque e sugere em voz alta: "Gente, Mr. Smith já está com a garganta seca. Será que alguém, pode, por favor, servir lhe uma água fresquinha da bica? E por que não vai alguém chamar o Sr. Alberto Pagan, que fala tão bem inglês? Com certeza ele pode prestar alguma ajuda a esse senhor estrangeiro."
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Minissérie Nunca Desista dos seus sonhos - Capítulos 17- 18 - 19 e 20
“Sr Antonio de Castro, terá a sua venda nos mesmos moldes de antes, com direito a casa na vila, escola para as crianças, assim como tiveram, antes de você, os Srs. Góes, Trevo e Antonio de Leon. Chame sua esposa, Berenice, para ajudá-lo. Sei que deixaram um ótimo emprego para trás, mas, uma mudança é sempre boa e não existe melhor lugar para criar filhos do que este aqui - é o Paraíso. O Joaquim “Bengala” e o Wandão podem ajudar na entrega dos pães. A Ana e a Nata ficam de balconistas. Pronto! A equipe está montada. E nada de vender cachaça! O resto, está liberado...”.
"Sr. José Soares e a Dona Tonica, vão para sua casa e continuem cuidando do pomar que vocês formaram com tanto carinho. E, quando chegar o Natal, montem aquela árvore de pinheiro natural, com muitas luzes e botem os meninos, Renato e Mário, para recolher as folhas secas que caem. Flávio, dirija- se à garagem e veja como ficaram os veículos que estão abandonados há tanto tempo. Logo eu preciso do ônibus azul e branco o “Porcão”. Se possível, chame os Srs. Bentico, Pedrão, Gonçalino, João Bueno, Leonel e Zé Coquinho, para colocarem tudo em ordem. As aulas começarão em breve e, assim que chegar a lista com os nomes, será divulgado."
“No portão de entrada, o Sr. João da Silva fixará sua residência. Os demais, Oscar Godoy, Brasílio Prudente e Alcides (Baetaca) se revezarão em três turnos. Em tempo, Sr. Alcides, por favor, continue a cuidar do campo de malhas como sempre fez com tanta dedicação.”
“Sr. Benedito de Campos ‘Dito Quatrocentos’, as escolas ficarão por sua conta! Pode zelar por elas. Seu filho, ‘Zé Dudu’, quero que seja o treinador do time que vai jogar na estréia do campo. Esse menino entende tudo de futebol e, falando nisso, a reforma do campo está bem adiantada, as máquinas já retiraram todos os tocos, pedras e a areia que desceu naquele vendaval que passou por aqui. O próximo passo, agora, é colocar a grama e trocar o alambrado, pois, com o tempo a ferrugem corroeu. Quem não sentiu o tempo passar são os eucaliptos, protegidos pela mãe natureza estão firmes e fortes”.
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