quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cadê o meu presente?



Todos os finais de ano eu ia com minha mãe comprar os nossos presentes de Natal, portanto não acreditava em papai Noel.

Não sei por que um ano ela quis fazer diferente e pediu para o meu irmão Moacyr que quando fosse meia noite ele trouxesse os nossos presentes que estavam na casa da Zélia, sua namorada.

Nessa noite nem fomos à missa do galo como era costume todos os anos, colocamos roupas e sapatos novos, degustamos a deliciosa ceia preparada pela minha mãe e a minha irmã Nair (que posso dizer foi a nossa segunda mãe sempre ajudando em tudo) e fomos esperar o papai Noel. Não demorou muito chega o mano de mãos vazias! Como era muito brincalhão, ninguém acreditou que ele se esqueceu de trazer os presentes.


Foi uma choradeira só e já era muito tarde então, papai achou melhor buscar no dia seguinte. Como era meu aniversário sempre tive a vantagem de ganhar dois presentes e mamãe fazia um bolo muito gostoso.



Minha filha quando era pequena foi questionada por sua tia sobre o que queria de presente, ela prontamente respondeu um rolo de fita adesiva e depois um pouco maior quis uma lagosta que por sinal vivia escapando do aquário para alegria dos gatos.

Quando meus irmãos terminaram o primeiro grau o professor deu de presente uma caixa com bichinhos da seda, não sei o significado disso, mas posso dizer que não tiveram vida longa, já que cada hora um de nós (anjinhos) abria a caixa para ver se já tinham comido as folhas de amora de que seriam alimentados. Sua passagem foi muito breve infelizmente.

Agora o que eu achei lindo foi a muda de pinheiro que meus filhos ganharam no dia da primeira comunhão. Das árvores é o único que sobrevive a qualquer tempo e resiste ao frio, calor, ventos e tempestades. Com certeza quis dizer que com deus não precisamos temer nada .

Para finalizar, o meu pai tinha um jeito especial de ser e gostava de presentear as pessoas. Quando mudei para minha casa nova ele foi a única pessoa que me deu um presente (uma faca amolada por ele mesmo, pois era o que fazia muito bem)e quando ganhava ,algo, um cinto ou um par de chinelos, pedia que em seguida desse o usado para alguém necessitado.



Certo dia ele não queria vestir uma camisa nova em casa e minha irmã contou que no guarda roupa tinha mais 18, foi quando para surpresa dela ele muito bravo disse que aquilo não tinha cabimento com tanta gente precisando. Esse desprendimento foi sempre assim, agora quer me dar presentes até em sonhos, outro dia minha irmã sonhou com ele e ele me mandou três. Estou aguardando!

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