quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Tommy e Eu


Quando éramos crianças eu e meus quatro irmãos gostávamos muito de brincar, mas também tínhamos regras a cumprir.

Nossos pais eram muito rigorosos na nossa educação e nós aprendemos a respeitá-los. Certa vez eu ganhei um cachorrinho branco e amarelo de pelos longos, uma belezinha. Enquanto eu subia a rua que dava para nossa casa eu coloquei o nome de Tommy.

Chegando em casa pedi a mamãe para ficar com ele, mas ela foi taxativa: “Não precisamos de mais um cão, já temos o Bill” (um cachorro preto que apareceu por lá e acabou ficando, era um excelente caçador de ratos, o que garantia sua estada por lá).

Nós gostávamos dele, mas o Tommy era mais dócil e até poderíamos colocá-lo dentro de casa. Quando papai chegou do trabalho eu corri mostrar o cãozinho para ele e foi amor à primeira vista, pois o danadinho foi para os braços dele e ainda por cima deu um sorriso.

Por muitos anos ele ficou alegrando nossas vidas, quando adoeceu (um problema nos ossos) meu pai contratou uma enfermeira para cuidar dele. E deu certo, voltou a andar e viveu conosco por muito tempo e ficou conhecido como o cão que dava risada.

Nossa rotina logo de manhã era tratar das galinhas, recolherem os ovos e soltá-las para que pudessem desfrutar no enorme quintal que tinha em nossa casa. Regar as verduras da horta, varrer em volta da casa e arrancar o mato que crescia no jardim, que por sinal era maravilhoso já que mamãe gostava muito de flores e as suas preferidas eram as rosas que ela tinha de muitas espécies e cores diferentes.

Cuidar dos irmãos menores também não era uma tarefa fácil, principalmente os três meninos menores que eram uns capetinhas e quando aprontavam alguma travessura nós é que levávamos um puxão de orelha.

Mamãe era muito ligada à natureza, além do pomar, horta, ela cultivava feijão e milho com meus irmãos mais velhos. Na colheita de milho tinha uma festa em casa, vinha até a amiga da mamãe que era especialista em fazer pamonha, curau e outras delicias do milho verde.

Nós crianças ajudávamos na limpeza das espigas, tirando o cabelo que ficava grudado e abastecer o fogão de lenha enquanto a lata com 20 litros de água ia fervendo, posso até ouvir as fagulhas estalando no fogo com a lenha seca queimando.

Os adultos iam ralando o milho, não sei exatamente a quantidade de coisas gostosas que eram feitas, mas acredito que dava para um batalhão.

Bons tempos aquele!!!!

2 comentários:

  1. Lindooooooooo!
    Te amo imensamente mamãe. Deus te abençõe.
    beijos
    Mare e Saulo

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  2. Levei para o http://namiradoleitor.blogspot.com a imagem fotográfica com as delícias da época junina. Eu e você, Natalina, somos saudosistas, mas quem poderia esquecer das coisas e fatos tao bons da infância familiar? Receba o meu abraço e a certeza da leitura regular.

    Conheci a sua página na minha recente pesquisa temática, via Google.

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